A fadiga mental pode estar muitas vezes relacionada com uma alimentação desequilibrada. Esta incapacidade intelectual relaciona-se frequentemente com a falta de hidratos de carbono que são fontes de energia indispensáveis para o cérebro.
O nosso organismo precisa de açúcares para a actividade e concentração diárias. É capaz de armazenar açúcares a nível muscular, hepático e cerebral, sendo o cérebro a última fonte de recurso. A baixa concentração está associada com o esgotamento das fontes de reserva e com a carência de uma vitamina do complexo B, a tiamina. A falta desta vitamina dificulta a utilização de açúcares pelo cérebro, reduzindo assim a capacidade de concentração.
> Alimentos a preferir:
- Fruta (figo, manga, banana, ananás, maça) e sumos de fruta natural;
- Leguminosas (feijão, grão, favas, lentilhas, soja);
- Cereais (batata, arroz, massas, pão de mistura, cereais integrais);
- Açúcares simples de rápida absorção (chocolate, mel, marmelada, compota de frutos); Este último grupo deve ser de ingestão moderada e apenas tem impacto no momento em que precisamos de um maior estímulo cerebral. O chocolate para além de calórico tem elevado índice de magnésio e induz a libertação de endorfinas, substâncias estimulantes.
- Alimentos ricos em Tiamina: cereais, sementes de girassol, leguminosas como soja e ervilhas, frutos secos, carne e levedura de cerveja (tomada em forma de suplemento alimentar).
> Alimentos a evitar:
- Bebidas alcoólicas, bebidas energéticas, refrigerantes e outras bebidas estimulantes como café, chá verde ou chá preto.
Para aumentar a concentração cerebral é necessário fornecer ao organismo açúcares em proporções razoáveis; os açúcares de absorção rápida devem representar 10% da dose diária recomendada e os de absorção lenta 55%.
Nos casos de maior dificuldade de concentração é benéfico que a ingestão dos açúcares de rápida absorção seja ligeiramente superior (> 10%), no entanto devemos ter as devidas precauções em indivíduos diabéticos ou com excesso de peso.
Dr. João Sampaio
Nutricionista