No dia de hoje, após uma aula de Treino Personalizado, em conversa com o aluno, que é Médico Psiquiatra, falávamos sobre o papel do exercício físico na depressão e nas variáveis cardiometabólicas associadas a essa prática.
Interessante, perceber que cada vez mais, a classe médica tem uma visão extraordinária da acção do exercício físico na relação com a depressão, ou seja, é evidente que o exercício físico devidamente planeado, estruturado e com bases de dose-resposta parecem ser um pilar na promoção da saúde mental.
Cientificidade:
O objectivo deste estudo (Vasconcelos-Raposo, Fernandes, Mano & Martins, 2009) foi conhecer a relação entre o exercício físico, a depressão e o índice de massa corporal (IMC).
A amostra do estudo foi constituída por 175 participantes (43 do sexo masculino e 132 do sexo feminino) com idades compreendidas entre os 18 e 27 anos.
Os resultados apontam para um correlação negativa entre o exercício físico e a depressão, com significância estatística.
O grupo que não atinge a prática de exercício físico recomendado apresenta valores médios de depressão superiores.
Em conclusão, este estudo permitiu confirmar estudos prévios que evidenciaram os efeitos positivos do exercício físico sobre a depressão.
Mário Sá
– Doutorando em Actividade Física e Saúde
– Mestre em Exercício, Nutrição e Saúde
– Licenciado em Educação Física e Desporto
Referência Bibliográfica:
- Vasconcelos-Raposo, J., Fernandes, H. M., Mano, M., Martins, E. (2009). Relação entre exercício físico, depressão e índice de massa corporal. Motricidade, v5(n1), 21-32.